11 de fev. de 2012

Parede celulósica



             A parede celular é uma estrutura fundamental para o desenvolvimento das plantas. Nas zonas da planta onde o crescimento é mais intenso, a parede celular desempenha um papel preponderante na regulação do alongamento celular e, bem assim, na definição da forma final das células.
                O grau de especialização da parede, que é uma consequência do processo de maturação celular, contribui para a definição da função especifica da célula no tecido e no órgão. Enquanto algumas das células definitivas mantêm a sua parede celular primária, por vezes consideravelmente espessa, como é o caso das células do colênquima.
                  A parede celular é constituída por um numero reduzido de macromoléculas de natureza diferente. A parede celular primária é basicamente um sistema de duas fases, constituído por microfibrilas de celulose incluídas numa matriz de proteínas e de polissacarídos de natureza não celulósica.
Uma das principais diferenças entre as células vegetais e as outras células é a existênciade uma parede celular rígida composta basicamente de celulose, e um carbohidrato com propriedades físico-químicas tais como plasticidade, elasticidade, resistência a tensão e decomposição por microorganismos, higrofilia, transparência e etc.

               Esta parede é fina e elástica nas células vegetais mais jovens (parede primária). Nas células adultas esta parede sofre um espessamento, que pode formar, internamente à parede primária, uma parede secundária, composta de lignina, hemicelulose e suberina.
               A formação desta parede secundária não é uniforme, o que pode ser constatado por locais onde ocorre interrupção da sua formação, as chamadas pontuações. Nas células adultas onde ocorre um espessamento proeminente da parede secundária o lúmen celular fica reduzido. Entre uma célula e outra temos a lamela média, formada por uma fina camada de pectatos de cálcio. Esta lamela média funciona como um cimento, unindo as células.
          As células que estão em contato direto com o ar, podem formar uma camada externa a parede primária, denominada de cutícula, formada por cutina e cêra. A cêra da carnaúba, por exemplo, vem da cutícula da epiderme das folhas desta planta.
O interior de uma célula adulta é composto por uma fina camada que reveste a parede celular internamente, o citoplasma. Imerso no citoplasama encontramos o núcleo, e os cloroplastos (que contém a clorofila, pigmento verde) reponsáveis pela fotossíntese.
Em alguns casos podemos encontrar, no lugar dos cloroplastos, outras organelas com pigmentos diferentes, carotenos e xantofilas. Interligando os conteúdos de células contíguas, encontramos filamentos de citoplasma, denominados de plasmodesma, os quais estabelecem uma continuidade protoplasmática entre as células.

            Estas estruturas dão, de certa maneira, uma continuidade entre toda a parte viva de uma planta, formando, o que chamamos de simplasto. Tal continuidade, também pode ocorrer entre as paredes celulares de toda a planta; o esqueleto de celulose, denominado de apoplasto.

            Outra estrutura presente nas células vegetais, que ocupa uma parte considerável do centro da célula adulta é o vacúolo, formado por uma solução aquosa de substâncias minerais e orgânicas. Existem duas outras membranas denominadas de plasmalema e tonoplasto. A primeira delimita todo o citoplasma, e está situada logo abaixo da parede celular. A segunda, o tonoplasto, delimita o vacúolo do citoplasma.

         Além destas organelas típicas da célula vegetal, encontramos também todas as outras organelas como, ribossomos, retículos endoplasmáticos, mitocôndrias (relacionadas a respiração), dictiossomos, ou complexo de Golgi.

















As primeiras camadas de microfibrilas a se formarem constituem a parede primária. Essas microfibrilas apresentam uma disposição intercalar. Em muitas células, camadas adicionais são depositadas internamente à parede primária, formando a parede secundária; essas camadas são denominadas S1, S2 e S3, respectivamente, sendo que a última pode estar ausente.
Na parede secundária, o arranjo das microfibrilas se dá de diversas maneiras diferentes. Lamela média é a linha de união entre as paredes primárias de duas células contíguas e possui natureza péctica.


 A formação da parede celular ocorre no final da telófase, com o surgimento da placa celular, que dará origem à lamela média e parte da membrana plasmática das duas células-filhas, por ela separadas; durante a formação da parede primária e da lamela média, elementos do retículo endoplasmático ficam retidos entre as vesículas em formação, originando os plasmodesmos, continuidades protoplasmáticas entre uma célula e outra, que geralmente se localizam em pequenas depressões denominadas campos de pontoação primários, originados por uma menor deposição de microfibrilas de celulose.
 Posteriormente, durante a formação da parede secundária, não há deposição de material sobre essas áreas, originando diversos tipos de pontoações.
















·         Membrana primária

Com a formação da lamela média, também é formada a primeira membrana das duas células.
Na membrana primária há alguns poros denominados plasmodesmos, que são originados de componentes do retículo endoplasmático que estão presos em vesículas pré-formadas. Os plasmodesmos têm a função de facilitar a passagem das substâncias entre as células vizinhas. Eles representam uma continuidade dos citoplasmas destas células.

      Membrana Secundária

A membrana primária passa a ser mais espessa, quando a célula começa a envelhecer, determinando o surgimento da parede secundária.
Como a membrana secundária se forma de maneira irregular, ou seja, não há uma uniformidade, originam-se nestas regiões não-formadas os poros chamados de pontuações.
As pontuações possuem uma relação recíproca com as células vizinhas, o que faz com que sejam originados pares de pontuações.

      Lúmen Celular

No interior da célula há um espaço limitado pela parede celular, que é denominado Lúmen. Como as células adultas são mais condensadas, o lúmen consequentemente fica menor. O interior do Lúmen é todo preenchido de protoplasma, com exceção das células mortas, que são preenchidas de ar ou de substâncias líquidas.

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