12 de fev. de 2012

Engenharia Genética


A Engenharia Genética é uma tecnologia avançada que tem por objetivo identificar genes na intimidade das células, isolá-los dos seus cromossomos, ou mesmo do restante do DNA a que pertençam multiplicá-los com recursos especiais (que utilizam a participação de bactérias) e transferi-los para o material genético de outras células, em organismos diferentes. Com técnicas avançadas, os cientistas já conseguem transferir genes humanos, como os determinantes da produção de insulina, para bactérias, que passam a produzir este hormônio em larga escala, como se isso fosse algo natural para elas. Desta forma, tanto as bactérias, como alguns mamíferos, para os quais são transferidos genes humanos, podem se tornar uma fonte ilimitada de obtenção a baixo custo de certos hormônios, habitualmente de preços muito altos. Os próximos anos certamente nos reservam extraordinárias novidades no campo da tecnologia do DNA recombinante (ou Engenharia Genética). O Projeto Genoma Humano, por exemplo, tem como objetivo detectar e localizar os genes causadores de doenças hereditárias, a fim de que, por meio dessa tecnologia,tornem-se possíveis a prevenção e a erradicação dessas doenças. Além disso, a Engenharia Genética pode proporcionar à humanidade a chance de melhoria na produção agrícola e pecuária.

A Engenharia Genética permite manipular diretamente os genes de determinados organismos com objetivos práticos.
Após a descoberta de que também o DNA podia ser manipulado, a primeira “ferramenta” da Engenharia Genética foram as enzimas de restrição (ou endonucleases).
Estas enzimas cortam a hélice dupla do DNA em zonas específicas, sempre que as encontram.
                  
Funcionamento das enzimas de restrição
Os vírus invadem as bactérias e afectam o seu DNA.
Algumas bactérias têm um mecanismo de defesa contra os vírus, que consiste na produção de enzimas de restrição.
Ou seja:
1.      As enzimas cindem a cadeia de DNA do vírus quando encontram uma determinada sequência de pares de bases.
2.      Estas enzimas actuam em pontos específicos (ZONAS DE RESTRIÇÃO), catalisando o desdobramento do DNA em fragmentos menores.
3.      Estes fragmentos possuem nas extremidades a sequência de nucleótidos reconhecida pela enzima de restrição – são constituídos por cadeia simples ligada a cadeia dupla e chamam-se extremidades coesivas.

As extremidades coesivas podem ligar-se por complementaridade a outro DNA. Intervêm as ligases do DNA, que catalisam o processo que permite que fragmentos de DNA se voltem a ligar.
Para a transferência destes genes, é também necessária a existência de um vetor, que será a entidade que leva o material genético do genoma de onde foi retirado para o genoma que o vai receber.
Os plasmídeos das bactérias são exemplos de vetores.

 
O objetivo é introduzir novas características num ser vivo, de forma a aumentar a utilidade deste;
 Exemplos: a produção de insulina humana, através da utilização de bactérias modificadas e da produção de novos tipos de ratos como o OncoMouse (rato cancro) para pesquisa, através do reestruturamento genético
Potencialidades da Engenharia   Genética

possibilita a obtenção de materiais orgânicos e sintéticos;
permitiu a descodificação do DNA, facilitando assim a clonagem de genes;
Umas das mais conhecidas aplicações da engenharia genética são os
organismos geneticamente modificados (OGM);
      Existem muitas possíveis aplicações biotecnológicas da modificação genética, por exemplo: vacinas orais produzidas nas frutas;
      representa um desenvolvimento das modificações genéticas para usos médicos e abre uma porta ética para o uso da tecnologia para a modificação de genes humanos.


Exemplos de produtos originados pela Engenharia Genética:
• A insulina.
• Os interferonas.( proteína naturalmente produzida em nosso corpo com a função de atuar como um mensageiro na luta contra os vírus)
• A interleucina.
• Algumas proteínas do sangue:
• A albumina.
• O fator VIII.
• Algumas novas defesas orgânicas para o tratamento do cancro, como o fator necrosaste de tumores.
• A criação de vacinas sintéticas contra:
• Malária.
• Hepatite B.

Nenhum comentário:

Postar um comentário